Caras alunas
do POR 302,
Teremos
nossa primeira videoconferência na quarta-feira, 25/mar, no horário regular,
1h00-1h50. Como escrevi antes, tenho algumas perguntas para depois redesenhar o
restante do nosso curso. Algumas de vocês não me responderam ainda:
X Vocês têm/terão
acesso à Internet onde estão/estarão morando nas próximas semanas?
XX Há alguma
dificuldade em encontrar um lugar fixo para morarem no restante do semestre?
XXX Vocês
têm Zoom no seu computador ou telefone? Zoom é um app gratuito que nos proporciona
a chance de fazermos videoconferências.
Aguardo as
suas respostas.
Para essa
mesma quarta-feira próxima, 25/mar, eu peço que vcs:
a) realizem
a leitura originalmente marcada para esta semana, o conto “Saíde, o Lata de
Água,” do autor moçambicano Mia Couto (que faz parte do mais recente hand-out,
aquele onde trabalhamos com os verbos no particípio passado);
b) respondam
às 9 perguntas da “Discussão do texto” e enviem-me as respotas por email até
quarta-feira, dia 25 de março, 1h00 da tarde. Postem, por
favor, as suas respostas no espaço para comentários referentes à postagem mais
recente, com esta mesma mensagem, no website do curso, que tb está definido no
syllabus do curso: www.falalusa.blogspot.com
Forte
abraço,
Dário
Discussão do texto
ReplyDeleteAcha que a alcunha “Lata de Água” é apropriada para Saíde? Porquê?
Não, pois está invalidando a Júlia por ela ter tido muitos parceiros no passado. Muitas vezes mulheres são condenadas por fazerem muito sexo e para homens não existe esse estigma o que resulta em mulheres serem chamadas de “usadas” como a Júlia. Saíde ignorou o que os outros falavam sobre ela pois ele se importava com o que falavam dele diretamente mais do que tudo.
Que problemas sociais e psicológicos aborta este texto?
Há problemas sociais como racismo e violência contra mulheres mais especificamente a Júlia. E problemas psicológicos despertam desde o momento em que Saíde pede para Júlia ter um filho com outro homem até o momento em que Saíde é abandonado por Júlia.
Que papel desempenha o humor negro no texto?
O humor negro tem o papel de deixar a mensagem mais óbvia e ressaltar como nós não levamos a sério esse assunto.
Como caracterizaria a explicação de Severino?
Com machismo repleto pelo texto inteiro, a explicação de Severino foi mais umas dessas atitudes machistas aonde a mulher é a culpada por estar sofrendo violência doméstica e ela é merecida do que está passando.
Como é que Saíde trata a mulher depois de saber que ela está grávida?
Trata-a com desprezo pois em sua mente acredita que Julia o traiu se esquecendo que inicialmente foi ele quem pediu para ela ter relação com outro homem para manter sua “integridade masculina”.
Acha que o humor negro é um veículo adequado para a textualização de problemas sociais e psicológicos desta ordem?
Acho que humor é sempre adequado para as pessoas que não são ignorantes pois entendem a seriedade do assunto. Mas quando o leitor é ignorante pode achar que o humor negro na verdade está sendo exaltado.
O machismo é um dos temas fundamentais deste conto. Acha que que o escritor satiriza esse machismo, transformando-o em farsa? Explique porquê.
Acredito que o autor levou o assunto com cautela e assim expondo a verdade em relação ao machismo e a violência. Existe o humor mas que deixa o leitor em choque pois a verdade é exposta claramente.
Que forças sociais encorajam o machismo? Que explicação teria dado se estivesse no lugar de Severino?
Quando o machismo é praticado é encorajado, ou seja, vemos ações de políticos, propagandas, influenciadores em redes sociais e civis que carregam costumes de família que nunca são questionados. Quando uma ação é constantemente reforçada e nunca questionada, essa ação cria forças e é assim que esse problema como muitos outros ainda existem entre a sociedade.
O que teria feito no lugar de Júlia?
Eu teria recomendado que Saíde procurasse ajuda psicológica pois se sentia invalidado como um homem por não poder ter filhos, algo que é muito comum. Se ele negasse essa ajuda e continuasse somente considerando o que a vizinhança comentasse, o teria largado. Se ele mostrasse violência desde o início, chamaria a polícia e o largaria, mesmo sabendo que teria chance da polícia não me ouvir.
Caroline De Souza
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